Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
2 comentários:
O que eu diria para Fernando Pessoa
Cada um deve buscar o que sua essência diz no espírito desta frase, que transcende o "ser". Hoje és, amanhã não sou mais.
O fogo precisa da lenha para aparecer, a luz elétrica precisa do filamento ou do gás neon, e nós somos os dois. Fogo e lenha. A lenha pegando fogo.
Não te preocupes pois és a humanidade; e ela é em ti.
Soluções com diferentes concentrações da essência universal.
A humanidade irá para onde tem que ir, as nossas contribuições não são voluntárias, são inevitáveis. E o Universo se atirará aos nossos pés, pois não tem escolha, uma vez que o criamos.
Responda esta, Fernando.
Marcos
Vavá,
não posso responder como o cara aí de cima pediu. Eu sou só a irmã do Fernando, outro Fernando, claro! Mas tem uma foto minha ao lado do Fernando (no orkut), esse da poesia linda.
Lindo também é o que o cara do comentário escreveu, Marcos eu acho. E você, está brilhando no blog, mas não tem aparecido no meu...
beijocas
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